Saltitar entre o racional e o sonho.
Vaguear com a mente por pensamentos e/ou visualizações permitindo observar uma linha de acontecimentos construídos pelo teu cérebro, sem censuras nem dogmas e aparentemente sem sentido.
Depois há que verbalizar, deduzir, interpretar ou comunicar - para isso serve o racional.
Não estou a falar de interpretação de sonhos.
Estou a falar no "sonhar consciente".
"Nonsense Cognition".
O acto cognitivo de racionalizar sobre acontecimentos que supostamente não têm sentido e que acontecem no teu cérebro apenas se te libertares de conceitos pré-definidos, censuras e deduções lógicas.
Repara no absurdo:
Imagina por exemplo que os teus olhos existiam na ponta dos dedos e não na cara.
Tudo o que vias era o resto de teu corpo. Tudo o resto, incluindo a cabeça.
Neste cenário, ao que estaria algures por detrás dos teus olhos é que chamarias a tua entidade, o teu ser.
Olhavas para a cabeça e vias mais uma parte do corpo tal como a perna ou o braço.
O teu ser estava em algo algo por detrás da ponta dos dedos.
Racionalizando este pensamento aparentemente desconexo, podemos deduzir que estejam os olhos onde estiverem, a entidade existe no que não vemos.
Mesmo que sejamos mais espertos que os macacos e interpretemos o espelho, há sempre algo que não se vê que é a nossa consciência.
E só apercebendo-nos de nós próprios como entidade é que podemos compreender os outros - Caso contrário, os outros eram apenas pedaços de uma realidade que os nossos olhos viam, sem consciências próprias.
E é esta Nonsense Cognition que permite encontrar verdades onde elas não existem.
Um pouco à semelhança do impressionista na pintura mas aplicado ao pensamento.
Deixas-te divagar e quando menos esperas, encontras o fio condutor!
terça-feira, setembro 12, 2006
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