segunda-feira, abril 17, 2006

Nova forma de poesia

Como seria interessante concretizar uma nova forma de poesia.
Imaginar uma nova forma de transmitir ideias sem rimas fonéticas
Sem métricas nem metáforas hiperbólicas.
Adeus aos clichés e referências a grandes pensadores.

Como seria bom conseguir escrever textos simples, cada vez mais simples, cada vez mais curtos, cada vez mais puros. Até chegar à essência.
Até se acabarem as palavras, até se esgotarem as letras, até deixar de haver tinta.

Apenas um "vvuooooossshhhh" de mim para ti.

Como seria bom conseguir transmitir sem ter que escrever, sem ter que ceder à limitação da linguagem falada ou escrita.

É bem verdade que muitos escritores transformam essa limitação numa forma de arte mas agora sinto que são as Onomatopeias que melhor retratam os dizeres.

Agora, neste momento, gostava apenas de te deixar um despertar para que ele te acorde ao teu tempo.

E a cada pessoa ser capaz de despertar novas experiências próprias.
Em vez de transmitir uma mensagem, criar uma mensagem nova a cada pessoa que lê e a cada nova leitura que faz.

Demasiado complexo ou apenas simples?

1 comentário:

Anónimo disse...

No fundo, há sempre a tentação de voltar aos tempos em que anda não havia sido descoberto a comunicação que permitiu à espécie humana evoluir mais rápido que as outras especies!
A minha dúvida persiste em saber: Como seriamos mais felizes? Com evolução e a ter de entender os Lusíadas ou simplesmente como já fomos em que emitiamos "RRRRRR" para dizermos "estou incomodado com a tua presença e não te quero aqui" ou então "AAAAUUUUUUUUHHH" para dizermos "Anda cá miuda!"?