Face ao que foi publicado este mês na revista da National Geographic, sinto-me compelido a juntar os meus comentários a um tema que considero muito interessante:
A teoria dos enxames.
Formigas, abelhas, estorninhos, gnus e gafanhotos - autênticos casos de sucesso.
Este artigo fala das valências deste fenómeno que tem sido apurado ao longo de milhares de anos.
E para mim é óbvio que o ser humano não deixa de ser um animal embora haja quem se sinta a viver num plano diferente.
Pois este artigo cataliza a minha reflexão sobre a natureza humana.
Como é que esta teoria se encaixa no ser humano? Multidões em pânico são um exemplo paradigmático.
O pavor de quem foge de um World Trade Center em chamas está patente também nos olhos dos gnus que desesperadamente tentam subir escarpas para escapar ao rio de crocodilos.
O problema é que a mensagem que transmitimos ao próximo não é sempre a verdadeira e o individualismo faz com que percamos toda esta valência de pertencer a uma tribo.
"Quem conta um conto acrescenta um ponto".
A vaidade - Esse erro fundamental. Esse factor primário que coloca em causa a objectividade dos factos. Que deturpa a realidade.
E o que acontece é que essa realidade uma vez distorcida é potenciada e afasta-nos da melhor solução para o grupo.
Tal como se diz na NG, a inteligência colectiva só resulta se cada membro a título individual for responsável e autónomo, tomando as suas próprias decisões e segundo os mesmos padrões de objectividade.
O problema do ser humano é que a vaidade gera desiquilíbrios.
Provoca injustiças.
Depois há quem deixe de pensar, numa atitude de total preguiça e desconsideração pelo seu próprio bem estar.
Não entendem que no momento em que morrem para o grupo morrem para eles mesmos.
Curioso é também saber que existem linhas de pensamento denominadas "alternativas" como são os exemplos das publicações Louise Hay ou até mesmo o mais recente livro da berra "The Secret" onde as mensagens apontam para o mesmo que a teoria dos enxames.
E estas semelhanças são simplesmente fantásticas! Esta mensagem comum em extremos tão opostos.
"Criamos a nossa realidade" e "Somos espelhos uns dos outros" são mensagens comuns neste tipo de linhas de pensamento.
Tal como nos enxames, é importante o contributo activo de cada participante e se decidirmos ser felizes no nosso grupo, estamos a contribuir para o sucesso, prosperidade e felicidade do mesmo.
E é aqui que surge a criação da nossa realidade.
Tornamo-nos activos.
E tornamos a vida melhor para o grupo.
Seja o casal, a família, a empresa, a comunidade, o Mundo.
sexta-feira, julho 13, 2007
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