sexta-feira, fevereiro 17, 2006

Convicções

É sempre bom encontrar alguém com convicções.

Todavia, as pessoas com convicções nem sempre são bem compreendidas pelos demais.
Existem vários exemplos na história.
Especialmente se as suas convicções não são politicamente correctas e ao invés de serem partilhadas pelos demais seguem simplesmente o sentido contrário do curso do rio.

É difícil ser-se truta mas é de louvar a convicção deste animal.
Porque quem tem convicções é na verdade um verdadeiro animal.
Animal no sentido da Força e da Vontade.

Diria que à primeira vista quem tem convicções tem uma base sólida pelas quais essas mesmas convicções se rejem - caso contrário não se trata mais do que pura e incompreensível teimosia.
E é tão fácil cair no erro da teimosia...

A trindade Teimosia,Orgulho e Autismo é demolidora.

São os 3 pecados mortais do pensamento construtivo.

quinta-feira, fevereiro 16, 2006

Tempo

"Preciso de tempo para..."
"Quando tiver tempo vou..."
"Ontem não fiz.."
"Amanhã vou fazer.."

Ser feliz é ter tempo?
O que é o Tempo?
Se repetirmos várias vezes.."Tempo"..."Tempo"..."Tempo"... o que é que surge?
Apenas 5 letras que se conjugam numa palavra.
Com ou sem significado - somos nós que o damos.

Alguém lembrou-se de dar uma cadência ao dia e à noite.
Contabilizar todas as experiências que ocorrem entre Luas.
Atomizar experiências.
Explicar as rugas no rosto.

Só que tal como aconteceu com a Madame Curie, o feitiço virou-se contra o feiticeiro.
Agora é o "Tempo" que comanda, em vez de ser um acessório.
O Tempo é agora uma cláusura.
Somos dependentes do "Tempo" que criamos.

às 09h00 tenho que fazer x,
às 14h00 tenho que fazer Y.

E voltámos ao
"Preciso de tempo para..."
"Quando tiver tempo vou..."

Não é absurdo?

Infelizmente temos essa tendência. Esquecermos o porquê das coisas e a determinada altura já faz parte - já não nos livramos dos conceitos.

Sabem que já houve um mundo sem telemóveis? e funcionava!
Um mundo sem contratos? E a palavra de honra funcionava!
Um mundo sem moeda - imagine-se!

Convém ter espírito crítico e tentar saber os porquês, ainda que esporadicamente.

Às vezes convém sair da bolha e ver de fora.
Solidifica conceitos e ao mesmo tempo serve para identificar ridículos.

terça-feira, fevereiro 14, 2006

O grande palco

Do nosso ponto de vista somos o centro de tudo o que nos rodeia.

Convém saber que:
Não somos responsáveis por tudo de mal que acontece.
Não somos autores de tudo de bom que acontece.
Não somos vítimas nem omnipotentes.
Somos actores.

Somos actores do palco que construímos
Podem ser os amigos - Pode ser a família.
Podem ser milhares de desconhecidos.
Pode ser a cara-metade.

O palco é para se desfrutar.
Para abrir os braços o mais que puder e agradecer.
Não para baixo. De cabeça para cima!
Obtendo tudo a que se tem direito.

Tal qual Amália.
O palco estava no seu sangue - era a sua fonte de vida.
E Ela sabia-o.
E como bebia da sua força...

Onde tocam as palmas, na alma do actor?
Que arrepio relampeja pela espinha do maratonista na volta de consagração?
Qual a força da lágrima que desponta nos olhos do forcado?

São as agruras da vida e as dificuldades que dão corpo a essas sensações.
E é o palco que as despoleta.
O teu palco. A tua vida.

Saboreia

quinta-feira, fevereiro 09, 2006

As Mulheres, esse grande mistério

Será que existe Manual?
A verdade é que não.
Por si só, se existisse deixava automaticamente de o ser pois não há mulher que aceite ter um manual. Já agora, nem nenhum homem.

Porque é que as mulheres têm que ser um grande mistério?
As mulheres ou os homens no seu todo.
Porque é que tem que haver um mistério?
Para dissimular fraquezas, sentimentos?

Não precisamos todos de ser super-homens e super-mulheres.
Na realidade todos sabemos que não o somos - e a solução não passa por criar "mistério".
Greta Garbo, Marilyn - hummm - misteriosas.
Se calhar também choraram. Se calhar também queriam colo.

O mistério não nos torna maiores.
A franqueza - essa sim. A sinceridade. E a honestidade com o seu eu.

Olha para ti - estás feliz? Se sim, porquê o mistério?

quarta-feira, fevereiro 01, 2006

Tomada de decisão

Ser capaz de tomar decisões sabendo que nem sempre há o certo e o errado pode ser considerado tarefa árdua.

No nosso processo evolutivo passamos por uma tomada de consciência da nossa maturidade e com isso adquirimos capacidade de tomada de decisões.
Não tomar decisões para fugir às responsabilidades é inócuo.
Deixar para os outros as nossas decisões é triste.
E se as deixarmos para os outros e depois criticarmos ou condenarmos quem as toma (certas ou erradas) é simplesmente deplorável.
As decisões a tomar são nossas.
Tomá-las não é suplício, é liberdade de opção.

As decisões acarretam sempre contras, custos, repercussões.. E depois? Qual é o oposto disto?
Não tomá-las? Não ter liberdade para as tomar?

É um autêntico contrasenso almejar mais longe, mais alto e depois quando conquistamos a nossa liberdade, assustarmo-nos com o desconhecido.
É aí que está o gozo.
Estar consciente do que te rodeia e avaliar os resultados da tua acção.
No fundo é veres que contas. Que marcas a diferença. Para o melhor ou para o pior estás lá.
Existes e és tu.

Tu decides. Tu causas mudanças.